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Títulos e Medalhas

CONCESSÃO DE TÍTULOS E MEDALHAS

Thomaz Soares da Silva - Zizinho

Resumo Biográfico

Tomás Soares da Silva, mais conhecido como Zizinho (São Gonçalo, 14 de setembro de 1921 — Niterói, 8 de fevereiro de 2002), foi um treinador e ex-futebolista brasileiro.

Jogou como atacante para a Seleção Brasileira. É considerado o sucessor de Leônidas da Silva, com quem jogou no Flamengo no início da década de 40, e antecessor de Pelé, contra quem jogou no final dos anos 50, no posto de maior estrela do futebol brasileiro.[1] Zizinho foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo FIFA de 1950 e é o ídolo de Pelé. Em 1999 foi eleito o quarto maior jogador brasileiro de todos os tempos pela IFFHS.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito Thomaz Soares da Silva - Zizinho
Projeto: Projeto Legislativo nº 03 de 2004
Autoria: Vereador Gegê Galindo
Criação:
Data oficial da entrega:

Vital Brazil

Resumo Biográfico

Vital Brazil Mineiro da Campanha, um dos maiores médicos do pais e fundador o fundador do Instituto Vital Brazil, em Niterói.

Vital Brazil Mineiro da Campanha, nasceu no Rio de Janeiro em 28 de abril de 1865 e foi um dos mais importantes médicos do pais. Alem de fundador do Instituto Vital Brazil, localizado nesta Cidade, foi também imunologista e pesquisador biomédico brasileiro, de renome internacional.

Seu nome era Vital Brazil Mineiro da Campanha por causa do lugar do seu nascimento: Brasil (que na época se escrevia com z), Minas Gerais, Campanha (cidade no sul de Minas). Vital era o nome do santo do dia.

Filho de José Manoel dos Santos Pereira e de Maria Carolina Pereira de Magalhães, foi casado em primeiras núpcias com sua prima em 1º grau, Maria da Conceição Philipina de Magalhães, viúvo da 1ª, casou-se, então, com Dinah Carneiro Vianna.

Pelo ramo de sua mãe - os Pereiras de Magalhães - Vital tinha consangüinidade com o Protomártir da Independencia do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Vital Brazil é mundialmente conhecido pela descoberta da especificidade do soro antiofídico, dos soros específicos contra picadas de aranha, do soro antitetânico e antidiftérico e do tratamento para picada de escorpião.

Estudou medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em meio a grandes dificuldades financeiras, vindo a formar-se com brilhantismo em 1891.

Retornando a São Paulo clinicou em várias cidades do interior do Estado. Presenciou durante essa época a morte de várias pessoas mordidas por serpentes, principalmente lavradores.

Ele era médico sanitarista, que atuou em frentes diversificadas: participou das brigadas de combate contra a febre amarela e a peste bubônica em várias cidades no Estado de São Paulo; criou uma das primeiras escolas do Brasil que alfabetizavam crianças de dia e adultos à noite; desenvolveu materiais de informação sobre como se proteger das cobras e outros animais peçonhentos para as pessoas do campo; inventou uma caixa de madeira barata e segura para que os fazendeiros pudessem capturar as cobras e firmou convênios com as estradas de ferro para transportá-las, pois eram essenciais à fabricação do soro.

A convite do governo estadual, Vital Brazil ingressou em 1897 no Instituto Bacteriológico do Estado de São Paulo, dirigido pelo sábio Adolfo Lutz. Foi então que tiveram início suas pesquisas. Vital Brazil trabalhou junto com Oswaldo Cruz e Emílio Ribas no combate a peste bubônica, ao tifo, a varíola, e à febre amarela.

Recebeu do governo de Rodrigues Alves a Fazenda Butantan, às margens do Rio Pinheiros, São Paulo, que viria a se tornar posteriormente o Instituto Butantan. Foram aí desenvolvidos trabalhos, sem tréguas, num ambiente desprovido de recursos. Os primeiros tubos de soro antipestoso começaram a ser entregues após quatro meses de trabalho.

Em 1903 surgiu o soro antiofídico (Piroplasma vitalli), parasita no sangue dos cães.

Após este evento outros soros foram produzidos no Instituto Butantan. As vacinas produzidas também serviam em combate ao tifo, varíola, tétano, psitacose, disenteria bacilar e BCG.

As sulfuras e as penicilinas vieram mais tarde. As picadas de aranhas venenosas, escorpião e lacraias deram origem a novos soros. Freqüentou por longo tempo o Instituto Pasteur.

A descoberta de Vital Brazil sobre a especificidade dos soros antipeçonhentos estabeleceu um novo conceito na imunologia, e seu trabalho sobre a dosagem dos soros antiofídicos gerou tecnologia inédita.

A criação dos soros antipeçonhentos específicos e o antiofídico polivalente ofereceu à Medicina, pela primeira vez, um produto realmente eficaz no tratamento do acidente ofídico que, sem substituto, permanece salvando centenas de vidas nos últimos cem anos.

Consagrado em congresso científico nos Estados Unidos em 1915, o seu trabalho logo despertou o interesse da Europa, onde se encontrava a vanguarda da pesquisa médica da época, e lhe valeu o reconhecimento mundial. O Instituto Butantan representa um marco na ciência experimental brasileira.

Desenvolvendo significativo número de pesquisas de elevado teor cientifico, educando as populações rurais na adoção do tratamento e na prevenção de acidentes ofídicos e criando aquela que foi, possivelmente, a primeira escola de alfabetização de adultos, esse Instituto desempenhou importante papel social na época e tornou-se conhecido e famoso no mundo todo.

Vital Brazil foi o criador do Instituto Butantan, em São Paulo, que foi instalado em uma fazenda antiga e distante da cidade, comprada pelo governo do estado de São Paulo para que lá funcionasse um laboratório para a produção de vacinas.

O documento de compra da fazenda tem a data de 24 de dezembro de 1899. A partir desse começo precário e difícil, o Instituto cresceu rapidamente. Em 1901 já produzia os soros antipestoso e antiofídico, daí ter recebido o nome de Instituto Serunterápico do Estado de São Paulo. Em 1925, passou a se chamar Instituto Butantan.

O Instituto continua um centro de referência e excelência, em diversas áreas científicas

Após deixar a direção do Instituto Butantan, em 1919, Vital Brazil foi para o Rio de Janeiro.

Apesar de convidado por Carlos Chagas para trabalhar em Manguinhos (renomeada FioCruz), resolveu fundar um novo laboratório aqui em Niterói, por achar que o Brasil necessitava de mais instituições científicas, onde o estudo e a pesquisa se ocupassem da solução de seus graves problemas.

Fundou, com o apoio do então Presidente do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Raul de Morais Veiga, o Instituto Vital Brazil em nossa cidade.

Sua seriedade, perseverança e dedicação fizeram deste Instituto outro importante centro de pesquisas, único por sua organização em âmbito nacional e reconhecido internacionalmente como estabelecimento científico pelos trabalhos de valor aí realizados.

Muitos estudantes brasileiros e estrangeiros se iniciaram na carreira de pesquisadores estagiando nos laboratórios desse Instituto aqui em Niterói, formador de cientistas.

Vital Brazil Mineiro da Campanha tinha por lema "Veritas super omnia", era espiritualista, conhecia profundamente a Bíblia e viveu segundo os Versos de Ouro de Pitágoras; morreu em 8 de maio de 1950, no Rio de Janeiro, aos 85 anos, ainda na direção do Instituto Vital Brazil de Niterói.

Além de justa homenagem, a criação da Medalha Vital Brazil vai estimular que exemplos como os dele sejam seguidos e sirvam de inspiração para todos os cidadãos.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Silvestre Mônaco
Projeto: Projeto Legislativo nº 011 de 2008
Autoria: Vereador Waldeck Carneiro
Criação:
Data oficial da entrega:

Silvestre Mônaco

Resumo Biográfico

A Câmara Municipal, além de ser uma Casa de Leis e um espaço de representação popular, pode e deve se afirmar, também, como lugar de produção e popularização do conhecimento. Assim, no caso específico de Niterói, cidade com vasta tradição literária, é relevante que a Câmara Municipal aprofunde suas relações com a produção literária do nosso município. Nesse sentido, a criação, pelo Parlamento Municipal, de um certame literário de alto nível contribuiria para a consecução daquele objetivo. Ademais, a proposta de que a composição do Comitê Julgador seja feita a partir das instituições de educação superior e das academias literárias da cidade, permite que a Câmara Municipal não apenas se isente do julgamento, como também reconheça publicamente a competência literária daquelas entidades. Por fim, é digno de nota que a premiação do Concurso Literário Anual da Câmara Municipal de Niterói se dê na forma da Medalha Silvestre Mônaco, em homenagem a um dos mais importantes personagens do campo literário da história de Niterói.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Silvestre Mônaco
Projeto: Projeto Legislativo nº 011 de 2008
Autoria: Vereador Waldeck Carneiro
Criação:
Data oficial da entrega:

São Francisco de Assis

Resumo Biográfico

Giovanni di Pietri nasceu em Assis na Itália, entre 1181/1182. Seu pai, Petri Bernardone, era um comerciante bem sucedido e viajava, constantemente, para a França a fim de trazer mercadorias para comercializá-las. Devido ao sucesso nos negócios, o pai de Giovanni resolveu mudar o nome do filho para Francisco a fim de homenagear o local de realização dos grandes negócios.

Francisco, como passou a ser chamado, era jovem, rico, alegre, participava de festas à noite, era, na verdade, uma espécie de boêmio. Vivia intensamente tudo aquilo que a vida lhe proporcionava, sem maiores preocupações. Em 1198, em busca de fama e mais dinheiro, Francisco participou de uma guerra na cidade de Perúsia, porém a guerra não saiu como planejado, e ele foi preso.

Ao voltar para casa, Francisco adoece devido à fraqueza, conseqüência dos tempos de prisão. A partir deste momento passa a pensar e agir de forma diferente. Rejeita o dinheiro e as coisas mundanas, volta-se para a reflexão profunda sobre valores de vida e orações. Vende todas as mercadorias para doar dinheiro aos pobres, oprimidos e leprosos, bem como passa a dedicar-se ao bem estar dos animais e da natureza de maneira geral.

O pai de Francisco, inconformado com as atitudes do filho, inclusive a de ver seu dinheiro sendo investido na reforma de uma pequena igrejinha, exige que o filho renuncie aos bens paternos, desertando-o. Após o conflito entre Francisco e o pai, o jovem resolveu ingressar de vez para a vida religiosa, fundando a Ordem dos Frades Menores e a Ordem Terceira.

A Ordem Franciscana cresceu, se expandindo para Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos e França. Francisco continuou com suas andanças a espalhar sua Fé. Morreu em 03 de outubro de 1226, num sábado. São Francisco foi canonizado em 1228 por Gregório IX e seu dia é comemorado em 04 de outubro, dia em que também se comemora o Dia Mundial dos Animais, sendo ele considerado por todos o santo protetor dos animais em todo o mundo.

O homem que nasceu na riqueza, morreu nu, despido daquilo que o mundo material pode lhe oferecer. Porém morreu na riqueza espiritual, atuando na defesa dos seres humanos mais pobres e dos animais, deixando-nos seus escritos e ensinamentos. Foi com tamanha dedicação que Francisco de Assis se despiu da fartura, da riqueza material para dedicar-se, principalmente, aos animais, o que nos reporta a estes médicos veterinários lutadores e todos os demais defensores dos animais.

O presente Projeto de Resolução tem objetivo de exaltar, reconhecer, valorizar e incentivar o cuidado com os animais, pois protegendo nossa fauna, estaremos preservando nosso planeta.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito São Francisco de Assis
Projeto: Projeto Legislativo nº 012 de 2011
Autoria: Vereador Gezivaldo Ribeiro de Freitas – Renatinho do PSOL
Criação:
Data oficial da entrega:

JORNALISTA RICARDO EUGÊNIO BOECHAT

Resumo Biográfico

Tal propositura faz-se necessária, tendo em vista homenagear e reconhecer a história deste ilustre Jornalista Ricardo Eugênio Boechat, nascido em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires, na Argentina.

Boechat, era um niteroiense nato, pois veio para a ex-capital fluminense ainda menino, passando a infância e a juventude no bairro de São Francisco, onde estudou no Centro Educacional e foi Coordenador de Imprensa na Prefeitura de Niterói na gestão do prefeito Moreira Franco.

Em toda sua carreira profissional, Boechat demonstrou um carinho especial por Niterói, onde ainda vivem sua mãe e familiares. Em suas notas e comentários, o jornalista atuou em defesa dos niteroienses e exaltou as características da cidade.

Esse excelente profissional do jornalismo nacional tinha uma forma única de se comunicar. Sempre com irreverência e com críticas certeiras, manteve por muitos anos seus espectadores muito bem informados.

Por todo exposto, nada mais justo do que homenagear a memória e o legado de um grande jornalista brasileiro, através deste parlamentar, em nome do Poder Legislativo Municipal.

DADOS TÉCNICOS:

Título: MEDALHA DE HONRA AO MÉRITO JORNALISTA RICARDO EUGÊNIO BOECHAT
Projeto: Projeto Legislativo nº 03 de 2019
Autoria: Vereador Dr. Emanuel Rocha
Criação:
Data oficial da entrega:

Patrícia Acioli

Resumo Biográfico

A juíza, Patrícia Lourival Acioli, nasceu em 1964, em Niterói, e morreu em 11 de agosto de 2011, assassinada, cruelmente, por policiais corruptos que estavam sendo por ela julgados. Patrícia Acioli, formada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), entrou para o Poder Judiciário em 1992, no Serviço Jurídico. Desde 1999, trabalhou como juíza na Quarta Vara Criminal de São Gonçalo, onde era admirada e respeitada por sua firmeza de caráter no combate a todas as espécies de injustiças. Corajosa, aplicou duras penas contra os traficantes de drogas, gangues e policiais corruptos.

A juíza, apesar de morta, continua viva, uma vez que seus ideais e suas práticas estão presentes na memória de todos, como exemplo de magistrada e de ser humano. Assim como os artistas que se perpetuam através de suas obras, a nossa querida juíza perpetua-se através de seus feitos, de sua luta, crença e ideal e das várias lições de vida que nos deixou.

Incansável na luta contra a violência do Estado e a inconformidade com a desigualdade no acesso à justiça, aos desassistidos, seu trabalho era marcado, indiscutivelmente, por ter como eixo central a prevalência dos direitos dos oprimidos, da defesa da ética, da transparência, da moral, da crença na Justiça, Verdade e, sobretudo, no Amor. Por todo o exposto, é que esperamos a aprovação deste Projeto de Lei, pois estaremos, desta forma, exaltando um ótimo exemplo para todos e, principalmente, para os jovens que terão, na memória, a chama de força e o grito em prol dos Direitos Humanos tão defendidos pela juíza. Patrícia é fonte de inspiração para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, menos perversa, mais humana.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito Patrícia Acioli
Projeto: Projeto Legislativo nº 015 de 2013
Autoria: Vereador Gezivaldo Ribeiro de Freitas – Renatinho do PSOL
Criação:
Data oficial da entrega:

Patrícia Rehder Galvão – Pagu

Resumo Biográfico

A instituição da presente medalha observa a necessidade de afirmar continuamente a importância da luta feminista na cidade de Niterói, especialmente em tempos nos quais vemos crescer os índices de violência contra a mulher. Sua patrona, Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, dedicou a vida à luta pela emancipação feminina e pelo fim das opressões. Como será visto abaixo, na biografia escrita pela professora da Universidade Estadual de Campinas Maria Lygia Quartim de Moraes, a escolha do nome de Pagu para homenagear as cidadãs e os cidadãos que se destacarem na defesa dos direitos das mulheres e da luta feminista é deveras adequado. “’Pagu. Cabelos compridos, maquiagem forte nos olhos, lábios vermelhos e um olhar desafiador. Linda, inteligente e versátil’. Esta era a legenda da foto que imortalizou a artista Patrícia Galvão na edição de junho de 1929 da revista modernista Para Todos, na qual colaborava.

O apelido pelo qual ficou conhecida foi inventado pelo poeta Raul Bopp (1898-1984). Conta o biógrafo da autora, Augusto dos Santos, que a ideia nasceu de um equívoco. Bopp a aconselhou a usar um pseudônimo literário formado pelas duas primeiras letras do nome e as duas primeiras do sobrenome. Mas o poeta achava que seu sobrenome era Goulart, por isso propôs Pagu. E ‘pegou’.

Ela chegou a recorrer a outros pseudônimos para representar os momentos que vivia. Na infância era chamada de Zaza, assinou os primeiros poemas como Patsi, adotou o nome de Mara Lobo ao lançar seu romance Parque industrial (1933) e de Ariel em seus artigos no jornal A Noite.

A versatilidade não estava apenas nas assinaturas, mas também nas atividades que desenvolvia. Apesar de ter vivido só 52 anos (1910-1962), foi jornalista, crítica literária, escritora modernista íntima de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, militante comunista presa e torturada durante a ditadura do Estado Novo, diretora de teatro e mãe.

Pagu nasceu no interior de São Paulo, em São João de Boa Vista, na divisa com Minas Gerais, mas cresceu na capital paulista. Foi na metrópole que escandalizou os vizinhos com suas saias curtas e boca pintada de vermelho num tempo em que a regra para as moças de boa família era casar-se bem e ser uma boa esposa, mãe e dona de casa. Nas artes, sua extrema versatilidade e sua rebeldia resultaram em cartas, artigos, poesias – novos experimentos que podiam ser vistos já no final da década de 1920 na Revista de Antropofagia.

Inovadora e libertária também na conduta pessoal, engravidou de Oswald de Andrade em 1929, quando ele ainda estava casado com Tarsila do Amaral. Seu envolvimento com um dos principais líderes do modernismo ficou marcado nos versos ‘se o lar de Tarsila vacila/ é pelo angu da Pagu’, escritos pelo próprio Oswald. No mesmo ano ela se casou com o pintor Waldemar Belisário para salvar as aparências, mas meses depois o matrimônio foi anulado. No dia 5 de janeiro de 1930, Pagu e Oswald firmaram um compromisso verbal de casamento no Cemitério da Consolação. Ao nascer, o bebê do casal ganhou o nome de Rudá (falecido em janeiro deste ano [2011]).

Juntos, Pagu e Oswald lançaram em São Paulo o jornal ‘O Homem do Povo’, que após oito números foi fechado pela polícia e empastelado pelos estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Coerente com suas heroínas proletárias, ela se filiou ao Partido Comunista Brasileiro, atuou na imprensa ligada ao ‘Partidão’ e foi morar numa vila operária. Anos depois, criticou a rigidez e o sectarismo da ‘proletarização’ a que foi submetida, mas com emoção lembrou-se da dedicação e do companheirismo que testemunhou nos encontros do partido: ‘Do que pude ouvir na conferência, das discussões a que assisti, das resoluções políticas adotadas, achei magnífico, perfeito, lógico, justo. Vendo as figuras encovadas, sorridentes, amarelas dos companheiros que se despediam como irmãos, senti um bem-estar envolvente. Minha alegria se penetrava de uma fé absoluta. E a minha convicção era inexpugnável. O proletariado brasileiro guiado por uma vanguarda daquela têmpera se libertaria, seria vitorioso, dentro de pouco tempo’, contou Pagu ao aderir ao Partido Comunista Brasileiro, em 1931, na carta que escreveu ao seu marido Geraldo Ferraz e que foi publicada na biografia lançada por seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz.

A publicação do Livro Parque industrial, em 1933, fez dela, mais uma vez, alvo de críticas. Por ser considerada planfletária, a obra inaugurou uma literatura política militante que passou a ser mais valorizada recentemente. O texto é inovador pelo seu estilo ‘cinematográfico’. ‘Poderia ser lido hoje como se fosse o roteiro de um vídeo’, explica a antropóloga Mariza Corrêa.

A obra denuncia a dupla moral sexual, que exigia castidade e virgindade das mulheres, ao mesmo tempo em que estimulava a liberdade sexual para os homens da época e o uso que os ‘filhinhos de papai’ faziam das operárias pobres. Em poucas linhas, Pagu descreveu a incursão dos ‘riquinhos’ no bairro operário do Brás, aproveitando os festejos do carnaval: ‘Todas as meninas bonitas estão sendo bolinadas. Os irmãozinhos seguram as velas a troco de balas. A burguesia procura no Brás carne fresca e nova. O Carnaval continua. Abafa e engana a revolta dos explorados’.

Assim como na vida de Pagu, a questão da defesa da mulher, principalmente da mulher pobre, está presente em ‘Parque industrial’. Na ficção, a operária Corina é seduzida e enganada pelo burguês Alfredo, mesmo com os alertas de Otávia (o alter ego de Pagu): ‘Ele nunca casará com você. Ele não terá a coragem de procurar uma esposa fora de sua classe. O que ele faz é só seduzir as pequenas como você, que desconhecem o abismo que nos separa dele’.

Na vida real, Pagu iniciava naquela época um período turbulento, dedicado ao comunismo. Mesmo com um filho pequeno em casa, saiu viajando pelo mundo como correspondente de jornais do Rio e de São Paulo. Visitou a China e em seguida a União Soviética, onde se decepcionou com a situação interna. Percebeu que em Moscou o turismo comunista permanecia em hotéis de luxo, enquanto nas ruas as crianças morriam de fome.

Na escala seguinte de sua viagem, Paris, ela ingressou no Partido Comunista Francês, militando sob a identidade de Leonnie. Foi presa e repatriada para o Brasil. Após o retorno, separou-se definitivamente de Oswald de Andrade. Em 1935, após participar da Levante Comunista, Pagu foi detida, torturada e condenada a dois anos de prisão. Em 1938, voltou a ser presa e foi condenada a mais dois anos.

O longo período que passou na cadeia fez com que sofresse uma grande transformação, dando lugar a mais uma de suas facetas. Já havia desaparecido a linda jovem, musa modernista, que causava escândalo nos moralistas e enfrentava, desbocada, as agressões verbais. A militante política foi abandonada e entrou em cena a mulher com uma permanente sombra nos olhos e um sorriso amargo no canto da boca, rompida definitivamente com o Partido Comunista e casada com o jornalista Geraldo Ferraz, com quem teve, em 1941, o filho Geraldo Galvão Ferraz.

O jornalismo passou a ser sua principal atividade profissional, tornando-se crítica literária e trabalhando na Vanguarda Socialista. Seu segundo romance, A famosa revista, publicado em 1945, denunciou os desmandos do Partido Comunista. A aproximação com as atividades teatrais ocorreu em 1952, quando começou a frequentar a Escola de Arte Dramática de São Paulo, sob a direção de Alfredo de Mesquita. Nos anos seguintes, aprofundou seus laços com o teatro e o jornalismo, liderando a construção do Teatro Municipal de Santos, formando grupos cênicos amadores e fundando a Associação dos Jornalistas Profissionais de Santos. Traduziu e divulgou a obra de autores pouco conhecidos no Brasil, como o modernista suíço Blaise Cendrars e o dramaturgo espanhol radicado na França Fernando Arrabal, e trabalhou incessantemente até ser acometida por um câncer. Morreu no dia 16 de dezembro de 1962. A Tribuna publicou seu obituário, escrito por Geraldo Ferraz. No texto ‘Patrícia Galvão, militante do ideal’, o companheiro traçou sua trajetória e lembrou que ‘em agosto de 1931, aqui em Santos, num comício do Partido na Praça da República, é ela, à frente, quem levanta do chão, ensanguentada, a cabeça do estivador Herculano de Souza, que expira em seu colo. É, nesse momento, a primeira mulher a ser presa no Brasil, na luta revolucionária e ideológica’. A morte prematura de Pagu – dois anos antes do golpe militar de 1964 e a seis anos das manifestações de maio de 1968 – fez a luta pelos direitos das mulheres perder um reforço de peso e impediu o Brasil de contar com uma militante experiente durante o combate à ditadura. Mas seu exemplo pode ter servido para outras mulheres que se engajaram na defesa da liberdade nos anos seguintes. Algumas foram presas e torturadas como Pagu. Mas, tal como ela, a maioria seguiu lutando por seus ideais.”

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito “Patrícia Rehder Galvão – Pagu”
Projeto: Projeto Legislativo nº 014 de 2014
Autoria: Vereador Henrique Vieira, Paulo Eduardo Gomes e Gezivaldo Ribeiro de Freitas – Renatinho do PSOL
Criação:
Data oficial da entrega:

Oscar Niemeyer

Resumo Biográfico

Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, mais conhecido como Oscar Niemeyer, nasceu em 15 de dezembro de 1907. Foi um arquiteto brasileiro, considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna. Niemeyer foi mais conhecido pelos projetos de edifícios cívicos para Brasília, uma cidade planejada que se tornou a capital do Brasil em 1960, bem como por sua colaboração no grupo de arquitetos que projetou a sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Sua exploração das possibilidades construtivas do concreto armado foi altamente influente na época, tal como na arquitetura do final do século XX e início do século XXI. Elogiado e criticado por ser um "escultor de monumentos", Niemeyer foi um grande artista e um dos maiores arquitetos de sua geração por seus partidários.

Nascido no Rio de Janeiro, Niemeyer estudou na Escola Nacional de Belas Artes e durante seu terceiro ano estagiou com Lúcio Costa, com quem acabou colaborando no projeto para o Ministério de Educação e Saúde, atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. Contando com a presença de Le Corbusier, Niemeyer teve a chance de trabalhar junto com o mestre suíço, sendo ele uma grande influência em sua arquitetura. O primeiro grande trabalho individual de Niemeyer foram os projetos de uma série de edifícios na Pampulha, um subúrbio planejado no norte de Belo Horizonte. Esse trabalho, especialmente a Igreja São Francisco de Assis, recebeu elogios da crítica nacional e estrangeira, chamando a atenção internacional a Niemeyer. Ao longo dos anos 1940 e 1950, Niemeyer se tornou um dos arquitetos mais prolíficos do Brasil, projetando uma série de edifícios, tanto no país como no exterior. Isso incluiu o projeto de diversas residências e edifícios públicos, e ainda a colaboração com Le Corbusier (e outros) no projeto da sede das Nações Unidas em Nova Iorque, o que provocou convites para ensinar na Universidade de Yale e na Escola de Design da Universidade de Harvard.

Em 1956, Niemeyer foi convidado pelo novo presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, para projetar os prédios públicos da nova capital do Brasil, que seria construída no centro do país. Seus projetos para o Congresso Nacional do Brasil, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e a Catedral de Brasília, todos concluídos anteriormente a 1960, foram em grande parte de natureza experimental e foram ligados por elementos de design comuns. Esse trabalho levou à sua nomeação como diretor do departamento de arquitetura da Universidade de Brasília, bem como membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos. Devido à sua ideologia de esquerda e seu envolvimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), Niemeyer deixou o país após o golpe militar de 1964 e, posteriormente, abriu um escritório em Paris. Ele retornou ao Brasil em 1985 e foi premiado com o prêmio Pritzker de arquitetura, em 1988. Entre seus projetos mais recentes se destacam o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (1996), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (2002), a Cidade Administrativa de Minas Gerais (2010) e o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, na Espanha (2011). Niemeyer continuou a trabalhar até dias antes de sua morte, ocorrida em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos.

Com a Cidade de Niterói, Niemeyer estabeleceu profundos laços, posto que aqui se encontra um dos maiores acervos de obras por ele projetadas, entre as quais, além do já célebre MAC, o Teatro Popular, A Estação Hidroviária de Charitas e o Memorial Roberto Silveira.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito Oscar Niemeyer
Projeto: Projeto Legislativo nº 02 de 2012
Autoria: Vereador Waldeck Carneiro, André Diniz e Vitor Júnior
Criação:
Data oficial da entrega:

Mediúnico Zélio Fernandino de Moraes

Resumo Biográfico

Zélio Fernandino de Morais nasceu em família tradicional de Neves, distrito de São Gonçalo. Em fins de 1908, então com dezessete anos de idade, Zélio preparava-se para o ingresso na carreira militar, na Marinha do Brasil, quando foi acometido por uma inexplicável paralisia, que os médicos não conseguiam debelar. Certo dia ergueu-se no leito, declarando "Amanhã estarei curado!". No dia seguinte, de fato, levantou-se normalmente e voltou a caminhar, como se nada lhe houvesse acontecido: os médicos não souberam explicar o ocorrido. Os seus tios, padres da Igreja Católica, surpreendidos, também não souberam explicar o fenômeno. Um amigo da família, então, sugeriu uma visita à Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, que tinha sede em Niterói, presidida, na ocasião, por José de Souza. Então, em 15 de novembro de 1808, Zélio Fernandino de Moraes foi levado à Federação Espírita de Niterói – então capital do Estado do Rio de Janeiro – onde se manifestaram espíritos que se diziam de índio e escravo. Mais tarde, naquela mesma noite, os espíritos se nomearam como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Antônio. O caboclo é o nome dado às entidades indígenas, ou de manifestações de religiões que se incorpora nos ritos de Candomblé, no Catimbó e na Umbanda. Diante da resistência às novidades apresentadas em Niterói - todas as características de um tempo em que se procurava negar o protagonismo e as raízes populares - as entidades começaram a atender todos aqueles que necessitavam. Deu-se a partir deste trabalho a fundação da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. Fundava-se, neste contexto, uma nova religião, cujo DNA se apresenta genuinamente brasileiro. Como expresso no nome do templo conduzido por Zélio e identificado em suas experiências, ela tem como algumas questões fundamentais o sincretismo religioso e a presença de elementos e divindades característicos das culturas tradicionais de negros, índios e demais elementos do cotidiano popular.

Zélio é um marco na história da Umbanda, onde tem Niterói como foco, e, por isso, se faz justa homenagem a sugestão deste projeto.
Segue relato sobre os acontecimentos do 15 de novembro de 1908:
A Primeira Manifestação do Caboclo Sete Encruzilhadas

Onde e como tudo começou:

No dia 15 de novembro de 1908, em sessão presidida pelo Sr. José de Sousa, conduziu Zélio Fernandino de Moares a sentar-se a mesa para início do culto e verificar o que estava ocorrendo com o menino. Contrariando as normas do culto kardecista, Zélio levantou-se e disse que ali estava faltando uma flor. Saiu da sala em direção ao quintal para buscar uma rosa branca que colocou no centro da mesa. Após ser repreendido por membros da Federação, que não concordaram com o ato, iniciou-se uma confusão no local.
Incorporaram diversos espíritos de caboclos e pretos velhos simultaneamente entre os médiuns presentes. O Sr. José de Sousa, que possuía também a clarividência, verificou a presença de um espírito manifestado através de Zélio, iniciando um diálogo onde tenta repreender o que ocorria na reunião. Então o espírito pergunta: - Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?
O Sr. José responde:

- Porque o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados?
O espírito responde:
- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer, que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir, entre todos os irmãos encarnados e desencarnados.
Continuando a discussão o dirigente da sessão ainda pergunta:
- Quem é você que ocupa o corpo deste jovem?
O espírito continua a responder:
- Eu? Eu sou apenas um caboclo brasileiro.
José de Souza verificando ainda resquícios de vestes clericais indaga:
- Você se identifica como caboclo, mas vejo em você restos de vestes clericais.
O espírito então lhe explica:
- O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre, meu nome era Gabriel Malagrida, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas em minha última existência física Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um caboclo brasileiro.
- E qual é seu nome? – perguntou o dirigente.
- Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, pois para mim não existirão caminhos fechados. Venho trazer a Umbanda, uma religião que harmonizará as famílias e que há de perdurar até o final dos séculos.
E no desenrolar da conversa o Sr. José pergunta ainda se já não existem religiões suficientes, fazendo inclusive menção ao espiritismo.
De imediato o espírito responde:
- Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre poderoso ou humilde, todos se tornam iguais na morte, mas vocês homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar estas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Por que não podem nos visitar estes humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além? Por que o não aos caboclos e pretos velhos? Acaso não foram eles também filhos do mesmo Deus? Amanhã, na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo que haja sido em vida, todos serão ouvidos, nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos, e a nenhum viraremos as costas, a nenhum diremos não, pois esta é a vontade do Pai.
Preocupado com o que o espírito disse o chefe da sessão pergunta:
- Julga o irmão que alguém irá assistir o seu culto?
O espírito novamente responde:
- Colocarei em cada colina das Neves uma condessa tocando, anunciando o novo culto que iniciarei.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Mediúnico Zélio Fernandino de Moraes
Projeto: Projeto Legislativo nº 031 de 2013
Autoria: Vereador Leonardo Giordano
Criação:
Data oficial da entrega:

Marielle Franco

Resumo Biográfico

Marielle Franco, mulher, negra, lésbica, mãe e cria da favela da Maré.

Eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro pelo PSOL, com 46.502 votos. Era, também, Presidente da Comissão da Mulher da Câmara.

Formada em Sociologia pela PUC-Rio, e com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação teve como tema: “UPP: a redução da favela a três letras”.

Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.

Iniciou sua militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré.

Marielle foi executada, junto do seu motorista, Anderson Pedro, no último dia 14 de março. Foi um crime político que levou multidões às ruas em atos de indignação por todo o mundo. Foi um atentado contra a vida de nossa companheira e contra todas e todos que lutam em defesa de uma sociedade igualitária e livre.

Mataram uma militante da luta contra a desigualdade social, contra a exploração econômica, contra o racismo e o genocídio negro, contra o machismo e a LGBTfobia. Mas essa luta não vai parar. Marielle vive porque lutamos.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito Marielle Franco
Projeto: Projeto Legislativo nº 02 de 2018
Autoria: Vereadora Talíria Petrone e Paulo Eduardo Gomes
Criação:
Data oficial da entrega:

Mãe Menininha do Gantois

Resumo Biográfico

Maria Escolástica da Conceição Nazaré - nasceu em 10 de fevereiro de 1894, conhecida como Mãe Menininha do Gantois, em razão do apelido Menininha que recebeu na infância por ser quieta e franzina e a posição no terreiro que assumiu.

Filha de Oxum, foi a quarta Iyálorixá do Terreiro do Gantois, se tornando a mais famosa de todas as Iyálorixás brasileiras. Proveniente de uma longa linhagem de Iyalorixás, as chefes dos terreiros de Candomblé, sucedeu sua mãe, Maria da Glória Nazareth e foi sucedida por sua filha Mãe Cleusa Millet. O Terreiro do Gantois foi fundado em 1849, por sua bisavó Maria Júlia da Conceição Nazaré.

Na década de 20, foi escolhida para ser a Iyalorixá do terreiro em virtude da morte de sua tia-avó, Mãe Pulchéria. Enquanto se preparava para assumir o cargo, sua mãe, ficou por um curto período à frente do Gantois. Aos 29 anos, casou com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de ingleses, com quem teve duas filhas, Cleusa e Carmem.

Admirada por sua sabedoria, gentileza, conhecimentos, humildade e pulso firme, Mãe Menininha do Gantois foi a grande responsável pela difusão e popularização do Candomblé na Bahia. Agregou pessoas de diversas religiões em seu terreiro, inclusive personalidades como Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Tom Jobim, Antônio Carlos Magalhães e Vinícius de Moraes, que só tomavam decisões importantes após consultá-la. Neta de africanos escravizados, de etnia Kekeré da Nigéria, ainda criança foi escolhida pelos santos do Candomblé do terreiro fundado pela bisavó, o Axé La Masse, como mãe-de-santo (Iyalorixá).

Iniciada pela tia, assumiu o topo da hierarquia da religião ao completar 28 anos. Dirigindo o Gantois, conseguiu maior respeito e aceitação do Candomblé por outras religiões e pelo poder político, que perseguia e condenava os praticantes dos rituais.

Seu mérito estendeu-se também à modernização do Candomblé: mesmo abrindo as portas para novos integrantes e pessoas de outros cultos e religiões, não deixou que se transformasse em exploração folclórica e turística. Um modelo de vitalidade e bondade, conciliou as atividades do terreiro com a família, realizando obras de caridade. Faleceu de causas naturais aos 92 anos de idade em Salvador.

Mãe Menininha do Gantois é um símbolo na defesa pela Liberdade Religiosa a todas as matrizes e principalmente o respeito às religiões de matriz africana e afro-brasileiras. Foi responsável pela difusão da cultura religiosa do Candomblé e símbolo de união, respeito e solidariedade para todas as religiosidades, crenças e credos.

Ela representa a resistência, militância e existência da cultura negra em meio a uma sociedade racista, hierárquica, discriminatória e opressiva que viveu. Lutou contra a criminalização da cultura negra e de todas as ordens de matrizes africanas, mostrando o quanto é possível construir uma sociedade anti-racista, democrática e anti-etnocêntrica a partir das religiões de matriz africana.

De fato, marcou a luta das mulheres negras no Brasil, pela difusão da cultura, o respeito às mulheres e dirigentes de terreiros, e a união de todas as formas de credos, cultos, matrizes e seguimentos. Por uma sociedade mais justa e pelo reconhecimento do protagonismo da mulher negra na sociedade brasileira, indicamos a criação da Medalha Legislativa Municipal do Mérito "Mãe Menininha do Gantois".

DADOS TÉCNICOS: Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito "Mãe Menininha do Gantois"
Projeto: Projeto Legislativo nº 026 de 2013
Autoria: Vereador Renatão do Quilombo, Henrique Vieira e Gezivaldo Ribeiro de Freitas – Renatinho do PSOL
Criação:
Data oficial da entrega:

Dr. José Clemente Pereira

Resumo Biográfico

A Medalha Legislativa Municipal do Mérito, "Dr. José Clemente Pereira", é conferida a cidadãos que, por suas atividades nos diversos ramos do conhecimento humano, tenham participado, direta ou indiretamente, do engrandecimento sociocultural e do continuado progresso da Cidade de Niterói.

O engrandecimento sociocultural também pode ser fruto do trabalho de um grupo de pessoas. Entidades e oficinas culturais, grupos artísticos, sejam, entre outros, de música, dança, teatro, artesanato. É comum a cultura se difundir de forma coletiva. Nada mais justo que a presente honraria municipal possa ser concedida não só a cidadãos específicos, mas a grupos de pessoas que se reúnem e atuam em prol do que é previsto para receber essa medalha.

DADOS TÉCNICOS: Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito “Dr. José Clemente Pereira”.
Projeto: Projeto Legislativo nº 05 de 2015
Autoria: Vereador Leonardo Giordano
Criação:
Data oficial da entrega:

Jornalista Antônio Carlos Callado

Resumo Biográfico

O jornalismo é uma das mais importantes profissões do mundo. Ser jornalista é mais do que ter uma profissão, pois diferentemente de outros ofícios, um profissional de jornalismo não deixa de sê-lo aos finais de semana ou aos feriados, pelo contrário, aproveita esse tempo para adquirir mais algum conhecimento sobre qualquer assunto, já que deve saber um pouco de tudo, embora nunca esteja totalmente informado.

O jornalismo é uma profissão que não atrai a maioria, talvez por não garantir bons salários e nem mesmo a tão sonhada fama, mas é melhor que seja assim, para não haver uma banalização de um ofício que deve ser em prol da sociedade, mais para um serviço comunitário que empresarial.

Ainda que o jornalista necessite de remuneração tanto quanto os outros profissionais, esse não deve ser o objetivo final para a escolha dessa profissão, e sim a vontade nata de ajudar ao próximo de alguma forma, seja alertando a sociedade sobre determinado assunto, seja impedindo que informações desnecessárias cheguem a público.

O bom jornalista não é aquele que demonstra saber tudo, mas aquele que tem humildade para querer e estar sempre aprendendo algo, que aprende com qualquer pessoa, uma criança ou um idoso, um empresário ou um analfabeto. É ter sensibilidade para se adequar aos diferentes acontecimentos da vida, demonstrando isso em suas reportagens. Investigar é mais que um verbo para quem exerce essa profissão, é um compromisso para que se possa transmitir a realidade dos fatos aos interessados.

Por fim, é preciso ter paixão para ser um jornalista. Saber receber as informações corretas e transformá-las para uma transmissão de acordo com cada realidade e ainda ter presteza, adequando isso aos interesses empresariais dos meios de comunicação. É ter capacidade de inovar para prender a atenção daqueles que querem obter conhecimento, ao mesmo tempo em que, tenta convencer os não interessados. É ler, escrever e falar bem, mas mais do que isso, é conhecer e respeitar as diversas culturas, suas linguagens e necessidades.

DADOS TÉCNICOS: Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito Jornalista Antônio Carlos Callado.
Projeto: Projeto Legislativo nº 08 de 2018
Autoria: Vereador Casota
Criação:
Data oficial da entrega:

Heloneida Studart

Resumo Biográfico

A luta e participação das mulheres, no final do século XIX e ao longo de todo o século XX, tornaram o Dia Internacional das Mulheres – 08 de março – um marco na luta pela igualdade entre homens e mulheres e por um mundo justo, democrático e sem opressão.

Assim, a criação do Diploma Mulher-Cidadã Heloneida Studart, espelhado no Projeto da Deputada Inês Pandeló, por esta casa legislativa é o reconhecimento dessa luta e tem como finalidade prestar uma homenagem a todas as mulheres e particularmente aquelas que se tornaram símbolos da participação ativa das mulheres na luta pela transformação de sua condição e da sociedade.

Heloneida Studart, mãe de seis filhos (todos do sexo masculino), escritora, ensaísta, teatróloga e jornalista, nasceu em Fortaleza, Estado do Ceará, no dia 9 de abril de 1932. Seus pais se chamavam Edite Studart e Vicente Soares. Pelo lado materno, descendia do historiador Barão de Studart e, pelo paterno, do líder abolicionista Antonio Bezerra de Menezes, um geógrafo famoso. Aos nove anos, estudando num colégio de freiras - o Imaculada Conceição de Fortaleza – ela escreveria uma história infantil intitulada A Menina Que fugiu do Frio. A partir daí, passou a dizer que seria uma escritora no futuro.

Com dezesseis anos, Heloneida foi morar no Rio de Janeiro, estreando como colunista no jornal O Nordeste, onde suas opiniões já causavam polêmicas na época. De Fortaleza, ela trouxe os originais de seu romance A primeira pedra, que seria publicado em São Paulo, em 1953, pela Editora Saraiva. Quatro anos depois, viria o romance Dize-me o teu nome, que foi premiado pela Academia Brasileira de Letras e laureado com o prêmio Orlando Dantas, do jornal Diário de Notícias. Em 1960, ela foi trabalhar no jornal Correio da Manhã e, por várias décadas, atuou no jornalismo, apesar de ter se formado em Ciências Sociais pela Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Posteriormente, ela trabalhou dez anos como redatora da revista Manchete. Heloneida envolveu-se com as lutas populares e foi eleita presidente do Sindicato das Entidades Culturais (Senambra), em 1966. No entanto, por fazer oposição à ditadura militar, foi destituída do cargo e presa em março de 1969. Do cárcere, no presídio São Judas Tadeu, brotaram os roteiros de seus futuros trabalhos Quero meu filho e Não roubarás. Em meio àquele ambiente de repressão, ninguém imaginaria que, em anos vindouros, aqueles trabalhos seriam exibidos com sucesso pela TV Globo. Com o fim do regime militar, surgiriam três novos romances, chamados pela própria autora de Trilogia da tortura: O pardal é um pássaro azul (que já foi traduzido em quatro idiomas); O estandarte da agonia (inspirado na vida de sua amiga Zuzu Angel); e O torturador em romaria. A jornalista escreveu sobre a condição feminina, a convite da Editora Vozes, publicando os ensaios Mulher objeto de cama e mesa, obra que vendeu 280 mil exemplares e se transformou em uma espécie de bíblia do feminismo brasileiro; e Mulher, a quem pertence seu corpo? Esses dois trabalhos estão, respectivamente, na 27ª. e 6ª. edições.

Heloneida exerceu vários cargos importantes: como deputada estadual foi vice-presidente da Comissão Parlamentar de Controle do Meio-Ambiente, de 1979 a 1980; presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) de 1981 a 1982; integrou as comissões especiais, relativas aos direitos da mulher, no que diz respeito aos direitos reprodutivos; participou da apuração das condições de atendimento da população nessa área; em seu terceiro mandato como deputada, atuou como vice-líder da bancada do PT; e, de 1995 a 1999, presidiu uma comissão especial destinada a apurar as formas de arrecadação e distribuição dos direitos autorais no Rio de Janeiro. Além disso, fundou duas instituições importantes, com várias companheiras feministas: o Centro da Mulher Brasileira, a primeira entidade feminista do País; e o Centro Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim); e foi presidente da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos.

Na Assembléia, em meio às suas tarefas legislativas, a deputada-escritora implantou ainda o projeto cultural Libertas quae sera tamen, contendo três peças que explicavam algumas das lutas de libertação do povo brasileiro: Tiradentes, o Zé de Vila Rica; Bárbara do Crato e Frei Caneca. O seu público alvo era constituído por alunos de escolas públicas, e os intérpretes, em sua maioria, eram adolescentes que moravam em favelas. Ela também foi autora da peça Homem Não Entra, que ficou em cartaz durante cinco anos, e representou um marco do teatro brasileiro nos anos 1970, defendendo bandeiras relativas ao avanço e à promoção das mulheres. A jornalista publicou também outras obras relevantes: A Culpa; China, o Nordeste que deu certo; A deusa do rádio e outros deuses; e Deus não paga em dólar. Esta última foi considerada como um marco da literatura brasileira.

No livro Mulheres brasileiras, da Editora Record, Heloneida Studart foi indicada como uma das 100 brasileiras mais importantes do século XX. Mais recentemente, a Fundação de Mulheres Suíças escolheu 1.000 mulheres para concorrerem ao prêmio Nobel da Paz. Dentre elas estava a jornalista cearense. No dia 02 de dezembro de 2007 disputou sua última eleição, onde foi eleita Presidente do PT de Laranjeiras. Na manhã do dia 03 o Brasil perdeu Heloneida. Que esse diploma sirva para lembrarmos de sua história e contribuir na construção de uma sociedade justa e igualitária, assim como pregava Heloneida Studart.

DADOS TÉCNICOS: Título: Medalha Mulher-Cidadã Heloneida Studart.
Projeto: Legislativo nº 030 de 2013
Autoria: Vereador Leonardo Giordano
Criação:
Data oficial da entrega:

Governador Roberto Silveira

Resumo Biográfico

Honra. Palavra que muito bem se aplica à vida e à personalidade do eterno Governador Roberto Silveira. O Estado do Rio de Janeiro honrou Roberto Silveira em oportunidades que entraram para a história. E a história fez de Roberto Silveira nossa honra maior. Nesse sentido, ao estabelecermos em Niterói uma comenda com o nome de Roberto Silveira, estaremos dando maior amplitude ao significado e a importância de uma honraria a ser concedida por esta Casa Legislativa, pois nenhum político de nossa terra teve postura mais altiva, impoluta, abnegada e honrosa do que Roberto Teixeira da Silveira.

Nascido em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, Roberto Silveira chegou ao solo niteroiense nos primeiros anos da década de 1940, inspirado pelo estudo das ciências jurídicas. Aqui chegou, estabeleceu-se e construiu sua vida. Construiu também, sem saber, o seu trágico destino, pois sua prematura partida se deu a serviço do povo fluminense.

Indispensável a recordação de sua carreira política construída no seio acadêmico, desde o curso superior de direito ao ingresso no jornalismo, exercendo funções de relevância no Departamento Estadual de Propaganda e no jornal Diário da Manhã.

Nos quadros do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, em 1947 elegeu-se deputado constituinte do Rio de Janeiro, no mesmo período em que se graduava em direito em Niterói. Antes, porém já havia sido oficial de gabinete de Lúcio Meira, interventor federal do RJ. Reelegeu-se deputado em 1950 e no ano seguinte era alçado ao posto de Secretário Estadual do Interior e Justiça no governo de Amaral Peixoto. Em 1954, vice-governador do Estado do Rio eleito na chapa de Miguel Couto Filho. E em 1959, após ter sido eleito com expressiva votação, tomava posse como governador do Estado do Rio de Janeiro.

Foi-se trabalhando. Cumprindo dignamente o seu dever de governante, no exercício de seu mandato. Indo ao socorro dos necessitados, vítimas de calamidade em Petrópolis. Prova maior de honra não há. E honraria se faz desta forma: perpetuando a história daqueles que nos orgulharam em vida e após a morte por sua honra, bravura e abnegação, em nome e benefício de muitos.

É inquestionável o alto grau de respeito e elevado valor que a memória de Roberto Silveira ainda impõe no país. Assim como ele, são muitos os outros cidadãos trabalhadores, que dedicam o seu labor à sociedade, realizando grandes feitos merecedores de reconhecimento. Personalidades que dignificam o nome de Niterói, membros da nossa sociedade, aqui nascidos ou radicados, que alcançam grandes feitos em sua vida. Esta é sem dúvida alguma, mais uma singela forma de render homenagem a este grande cidadão fluminense, que deu sua vida pelo povo do Estado do Rio.

É grande a quantidade de pessoas da nossa terra que se lançam à própria sorte, nas mais diversas áreas, no Brasil e mundo afora, levantando o nome e a bandeira de Niterói. E na maioria das vezes fazem isto por amor, sem qualquer espécie de contrapartida por parte do município.

Portanto, homenageá-los com uma comenda que leva o nome de um homem digno, que morreu servindo ao povo fluminense, é dignificar o trabalho daqueles de edificam suas vidas a exemplo de Roberto Silveira, ou seja, de forma abnegada.

DADOS TÉCNICOS: Título: Medalha Legislativa Governador Roberto Silveira.
Projeto: Projeto Legislativo nº 02 de 2010
Autoria: Vereador José Augusto Vicente
Criação:
Data oficial da entrega:

Desembargador Gilberto Fernandes

Resumo Biográfico

O presente projeto de resolução tem o condão de criar, na Câmara Municipal de Niterói, a Medalha Legislativa Municipal do Mérito Desembargador Gilberto Fernandes. Formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gilberto Fernandes ingressou na magistratura em 1974. O magistrado foi o primeiro negro a se tornar desembargador da Corte fluminense. Ao longo de sua trajetória, dedicou-se com afinco e seriedade até o momento da aposentadoria, por implemento de idade, em 2003, quando era integrante da 13ª Câmara Cível. Após se aposentar, voltou a advogar e atuou ao lado de seu sobrinho, Sérgio Fernandes, na Comissão OAB Vai à Escola da 16ª Subseção. No dia 08 de dezembro de 2012, durante as comemorações do dia da justiça, a Lâmina Central do Complexo Judiciário Brasileiro, foi batizada com o nome do Desembargador Gilberto Fernandes. A trajetória de Gilberto Fernandes foi marcada pela defesa das causas sociais.

DADOS TÉCNICOS: Título: Medalha Legislativa Municipal do Mérito Desembargador Gilberto Fernandes.
Projeto: Projeto Legislativo nº 011 de 2019
Autoria: Vereador Bruno Lessa
Criação:
Data oficial da entrega:

REGIMENTO INTERNO DA
CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI
Resolução nº. 2256/01

TÍTULO XII
DA CONCESSÃO DE TÍTULOS HONORÍFICOS

SEÇÃO I
DOS TÍTULOS DE CIDADÃO BENEMÉRITO E DE 
CIDADÃO HONORÁRIO

Art. 290 – O projeto de decreto legislativo destinado à concessão de títulos honoríficos pela Câmara Municipal deverá ser aprovado por, no mínimo, dois terços dos seus membros.

Parágrafo 1º – São títulos honoríficos da Câmara Municipal:
I – Cidadão Benemérito, destinado aos naturais do Município;
II – Cidadão Honorário, destinado aos naturais de outras Cidades, Estados ou Países.

Parágrafo 2º – Os títulos honoríficos serão concedidos a pessoas que tenham reconhecidamente prestado serviços ao Município, ao Estado, à União, à democracia ou à causa da Humanidade.

Parágrafo 3º – O projeto será acompanhado de:
I – biografia circunstanciada da pessoa que se deseja homenagear;
II – anuência por escrito do homenageado, exceto no caso de personalidades estrangeiras.

Parágrafo 4º – É vedada a concessão de títulos honoríficos a pessoas no exercício de mandato eletivo, de cargos executivos por nomeação na Administração direta ou indireta da União, Estado ou Município ou cargo de comando militar.

Parágrafo 5º – Em cada período Legislativo, o vereador poderá figurar como autor de, no máximo dois títulos de Cidadão Honorário e dois de Cidadão Benemérito.

Parágrafo 6º – Para discutir projeto de concessão de título honorífico, cada vereador disporá de quinze minutos, com apartes.

Art. 291 – A entrega dos Títulos Honoríficos será efetuada anualmente, em Sssão Solene, na sede da Câmara Municipal, em reunião plenária, realizada no dia 22 de novembro, quando se comemora a fundação da cidade.

Art. 292 – Os títulos e medalhas serão concedidos sob a forma de Decreto Legislativo, podendo se comemora fundação da cidade.

SEÇÃO II
DAS MEDALHAS

Art. 293 – A Medalha José Clemente Pereira será concedida nos termos da Resolução 1082/81 de 25/05/81.

Parágrafo único – A entrega da Medalha José Clemente Pereira dar-se-á em Sessão Solene, na Câmara Municipal, no dia 22 de novembro, quando se comemora a fundação da cidade.

Art. 294 – A Medalha Felisberto de Carvalho será concedida nos termos da Resolução 1728/88 de 15/10/88.

Parágrafo 1º – A entrega da medalha será feita no dia 15 de outubro, dia do Professor.

Parágrafo 2º – Em caso de impedimento desta data a entrega dar-se-á na semana que antecede.

Art. 295 – A Medalha Escritor José Candido de Carvalho será concedida nos termos da Resolução 1909/90 de 07/07/90.

Parágrafo único – A entrega da medalha será feita anualmente em Sessão Solene no dia 01/08.

Resolução 3011/08,
Publicada no Diário Oficial em 11 de abril de 2008

Ementa:
Fica instituída, na Câmara Municipal de Niterói, a Medalha Legislativa Municipal do Mérito, “João Batista Petersen Mendes”.

Biografias

José Clemente Pereira
Resumo Biográfico

O português José Clemente Pereira nasceu na Freguesia de Ade. Filho de José Gonçalves e de Maria Pereira, ambos modestos lavradores. Sua data de nascimento ainda é discutida por muitos historiadores. A maioria acredita que foi no dia 17 de fevereiro de 1787, tendo como base o testamento escrito pelo próprio José Clemente Pereira.

Sua educação literária foi confiada a um tio padre, que o habilitou a prestar os preparatórios de admissão da Universidade de Coimbra, onde, matriculado a partir de 2 de outubro de 1804, iniciou seus estudos. Contrariando a maioria dos historiadores, José Clemente Pereira não se formou em Direito Civil, mas obteve o grau de bacharel em Cânones em novembro de 1808 e o título de formatura plena em outubro de 1809.
A maioria dos futuros advogados, entre eles José Clemente Pereira, escolhia o curso de Cânones por permitir o acesso a cargos na Igreja, no Estado na Magistratura, na advocacia e nos tribunais.

Durante o curso integrou, ocupando o posto de capitão, os batalhões acadêmicos que combateram os invasores franceses na Península Ibérica.
Em 1815 deixou Portugal e veio para o Brasil, onde foi designado Juiz de Fora de Angola, mas rejeitou a nomeação por ter adquirido prestígio atuando como advogado do comércio, no Rio de Janeiro. Em 8 de fevereiro de 1819, o procurador da Coroa deu parecer favorável à criação da Vila Real da Praia Grande, na qual José Clemente foi designado como Juiz de Fora, com jurisdição sobre a vizinha Vila de Marica. Aceitos todos os pareceres, Dom João VI criou, a 10 de maio de 1819, a Vila Real da Praia Grande. Durante sua gestão, como Juiz de Fora e presidente da Câmara, lutou pelo cumprimento do Plano de Urbanização que, em 1820, apresentou ao Rei para a devida aprovação.

Administrador zeloso, traçou as primeiras posturas da Vila Real da Praia Grande, além de iniciar a construção do edifício da Câmara e Cadeia, o encanamento das águas da Fonte do Vintém para abastecimento público e a edificação da nova matriz de São João Batista.

Deixou o cargo em 1821 para assumir a presidência da Câmara do Rio de Janeiro, tornando-se ali um dos patronos da Independência, ao lado de Joaquim Gonçalves Ledo. Fez parte do Conselho de Estado que instruiu a Imperatriz Leopoldina a assinar a carta enviada a Dom Pedro I, e que resultou na declaração de Independência do Brasil.
Em 1828, como Ministro do Império, instalou as primeiras escolas públicas da Vila Real da Praia Grande e seu termo. Em 1829 nomeou o professor Antônio Maria Backer e os senhores Felizardo Joaquim da Silva Morais, Francisco Joaquim Nogueira Neves, João José Pereira Sarmento e o padre Marcelino Pinto Ribeiro Duarte para integrarem a comissão, criada por decreto de 19 de novembro do mesmo ano, com o objeti
vo de regulamentar a instrução primária em todas as províncias do Império Brasileiro.
Já em 1835 foi eleito deputado à primeira Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, criada naquele mesmo ano, sendo o autor dos projetos de elevaram a Vila Real da Praia Grande à condição de cidade e capital da província.
José Clemente Pereira desempenhou seguidas vezes os mandatos de vereador no Rio de Janeiro, deputado provincial e geral e, finalmente, senador pelo Pará. Ministro de várias pastas, nos últimos anos de vida entregou-se às obras de caridade como provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, vindo a falecer no ano de 1854, em seu gabinete de trabalho.

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha José Clemente Pereira

Projeto: 46/81

Autoria: Vereador Raphael Rocha

Criação: Resolução 1082/81, publicada em 25 de maio de 1981

Data oficial da entrega: Fundação da cidade de Niterói, em 22 de novembro

Felisberto de Carvalho

Resumo biográfico

Felisberto Rodrigues Pereira de Carvalho, jornalista, músico e professor, filho do professor primário Honorato Inácio de Carvalho e Adelaide Herculina da Cruz Pereira de Carvalho. Nasceu na Rua de São Lourenço, em Niterói, RJ, em nove de agosto de 1850, e faleceu em 18 de outubro de 1898 na cidade do Rio de Janeiro, onde foi sepultado. Estudou as primeiras letras em Niterói, pretendia seguir a carreira médica, cursando a Faculdade da Corte, mas os pais o convenceram a ingressar na Escola Normal de Niterói.

Educador inato, aos 13 anos na casa de seus pais, no bairro da Ponta D´Areia mantinha um curso noturno para menores e adultos. Bom psicólogo, compreensivo e brilhante educador, foi logo nomeado para reger a escola pública da Rua São Lourenço. Destacou-se de tal maneira que foi destinado a dirigir a Escola Preparatória, anexa à Escola Normal, onde os futuros professores praticavam didática. Pouco depois foi nomeado professor de matemática na mesma Escola Normal, sendo na mesma época nomeado “Lente Repetidor” de Pedagogia da Escola Normal da Corte e da cadeira de português do Colégio Pedro II, da qual era catedrático o filólogo Fausto Barreto. Foi escolhido para secretário do Pedagogium, e mais tarde seu diretor, cargo que também exerceu em caráter provisório na Escola Normal de Niterói. O Imperador Pedro II, apreciando o jovem professor, nomeou-o diretor da Escola Masculina que a Corte mantinha na Quinta Imperial da Boa Vista, bem como sua esposa, Gertrudes Mourão Pereira de Carvalho, para reger a escola feminina no mesmo local. Suas fortes convicções republicanas, entretanto, levaram-no a declinar da honraria desse convívio, embora pessoalmente, estimasse o Imperador.

Entre seus alunos ilustres contam-se Alberto de Oliveira e Silva Jardim. Conhecedor de vários idiomas, profundo conhecedor do vernáculo publicou diversos trabalhos didáticos. Seus livros foram adotados em todo o Brasil durante decênios, como os de Abílio Borges Hilário Ribeiro e Tomás Galhardo. Colaborando no imprensa, manteve polêmicas sobre várias questões de didática. Dotado de grande sensibilidade musical, dedicou-se ao piano e à flauta. Em 1917 seu nome foi escolhido como patrono da cadeira número 19 da Academia Fluminense de Letras, que teve como primeiro ocupante Quaresma Junior. Em 1950, ano do centenário do centenário do seu nascimento, todo o país, principalmente a imprensa, comemorou o acontecimento, exaltando as virtudes do mestre de tantas gerações. Em Niterói, sua terra natal, dá nome a uma escola pública.
Felisberto de Carvalho foi denominador comum da iniciação à leitura, para obras reeditadas numerosas vezes, além de contribuir para a literatura didática que trazia como novidade inúmeras ilustrações, sendo algumas coloridas.

Obras:

Série didática:
– Noções de História Natural
– Dicionário Gramatical
– Elementos de Gramática de Língua Portuguesa
– Exercícios de Aritimética e Geometria
– Aritimética das Escolas Primárias
– Exercícios de Estilo e Redação
– Exercícios da Língua Portuguesa
– Seleta de Autores Modernos
– Instrução Moral e Cívica
– Tratado de Metodologia

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Professor Felisberto de Carvalho

Projeto: 192/88, de 1988

Autoria: Vereadora Sonia Saturnino Braga Santos

Criação: Resolução 1728/88, publicada em 15 de outubro de 1988

Data oficial da entrega: Dia do Professor, em 15 de outubro

João Batista Petersen Mendes

Resumo biográfico

João Batista Petersen Mendes nasceu em Cambuci, interior do Estado do Rio de Janeiro, no dia 24 de junho de 1948, e faleceu em 29 de março de 1998.

Em 1969, participou como estudante de Direito, da fundação da união dos estudantes da Universidade Federal Fluminense, que, a partir de 1970, retomou suas funções de órgão representativo estudantil do Conselho Universitário e nos diversos diretórios formados na UFF.

Formado em 1971, além de exercer a advocacia civil, trabalhou como assessor jurídico na Diretoria da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados de Furnas Ltda. Foi também Procurador Judicial da Prefeitura Municipal de Magé, no Rio de Janeiro.

Em 1974 foi nomeado Promotor de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e nesta função trabalhou em diversos municípios do Estado. Foi nesse ofício que Petersem se destacou na defesa dos Direitos Humanos e da preservação do meio ambiente. Na cidade de Niterói, onde foi Promotor Criminal em 1985, combateu a apatia e a violência policial, garantindo os direitos dos presos e não dando tréguas aos grupos de extermínio. Isso lhe valeu o apelido de “Promotor sem medo”, pois se tornaram normais as sucessivas ameaças de morte que recebia.

Transferiu-se para a Curadoria de Justiça do Meio Ambiente e do Patrimônio Comunitário, onde foi um dos pioneiros na defesa do meio ambiente fluminense, exercendo o cargo nos anos de 1986 a 1988. Petersen foi Curador do meio ambiente do Estado e do Município do Rio de Janeiro. Além de autor de inúmeras ações contra os agressores do meio ambiente, como aquelas contrárias às mineradoras irregulares que devastam os picos verdes do Parque Nacional da Tijuca e Parque Estadual da Pedra Branca para extração de granito.

Em Niterói, como morador de Pendotiba, resolveu concorrer as eleições municipais de 1992, passando a ser suplente de vereador na legislatura de 1993/1996. Na Câmara Municipal de Niterói, Petersen destacou-se na defesa da ética e transparência no trato da coisa pública, além de lutar pela preservação do meio ambiente e pelos direitos da cidadania. Concorreu também ao cargo de vereador para a legislatura de 1997/2000, sendo um dos vereadores mais votados na época.

Foi professor universitário entre os anos de 1983 a 1987, ministrando o curso de Processo Penal.

Ministrou na Universidade Federal do Rio de Janeiro a palestra “Avaliação de Impacto Ambiental: Caso Brasileiro, Aspectos Institucionais, Quadro Legal”, no Curso de Avaliação de Impacto Ambiental, promovido pela parceria IBAMA, COPPE, PPE, UFRJ, em novembro de 1992. No ano seguinte, falou na mesma universidade sobre a Legislação Ambiental, no curso de Avaliação de Impacto Ambiental, promoção IBAMA, COPPE, PPE, UFRJ.

Foi organizador da obra A CPI do PC e os Crimes do Poder, publicado no Rio de Janeiro em 1992. Neste mesmo ano, participou da edição do Livro de Estudos Jurídicos, com o artigo Ordem Justa e Legitimidade, publicado pela Editora Instituto de Estudos Jurídicos.

Em 1994 participou da publicação dos artigos Biotecnologia – Como Regulamentar? (Revista de Políticas Governamentais/IBASE);Ação Civil Pública, Participação da Sociedade Civil na Defesa dos Interesses Difusos (Caderno de Desenvolvimento Social/Programa Cidadania e Direitos Humanos) e Por uma Lei de Biosegurança, em co-autoria com Silvio Valle, da FIOCRUZ (Revista da OAB Rio de Janeiro).

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha João Batista Petersen Mendes

Projeto: 003/2008, de 26 de março de 2008

Autoria: Vereador Paulo Eduardo Gomes

Criação: Resolução 3011/108 de 11 de abril de 1988

Data oficial da entrega: preferencialmente no dia 22 de novembro

José Cândido de Carvalho
Resumo Biográfico
José Cândido de Carvalho, jornalista, contista e romancista, nasceu em Campos, RJ, em 5 de agosto [mas só registrado em 15 de agosto] de 1914, e faleceu em Niterói, RJ, em 1º de agosto de 1989. Eleito em 23 de maio de 1973 para a Cadeira número 31, sucedendo a Cassiano Ricardo, foi recebido em 10 de setembro de 1974 pelo acadêmico Herberto Sales.
Filho de Bonifácio de Carvalho e Maria Cândido de Carvalho, vindos de Trás-os-Montes, norte de Portugal, se fixaram em Campos de Goytacazes. Aos oito anos, por doença do pai, veio morar algum tempo no Rio de Janeiro, quando trabalhou, como estafeta, na Exposição Internacional de 1922. Desses tempos fabulosos da história do mundo, os alegres anos 20, o menino guardou lembranças inesquecíveis. Logo voltou a Campos, onde continuou a estudar em escolas públicas. Nas férias trabalhava como ajudante de farmacêutico, cobrador de uma firma de aguardente e trabalhador de uma refinação de açúcar.
Ao anunciar-se a Revolução de 30, José Cândido trocou o comércio pelo jornal. Iniciou a atividade de jornalista na revisão de O Liberal. Entre 1930 e 1939, exerceu funções de redator e colaborador em diversos periódicos de Campos, como a Folha do Comércio e O Dia, onde passou a comentar a política internacional, e ainda a Gazeta do Povo e o Monitor Campista. Admirador de Rachel de Queiroz e José Lins do Rego, começou a escrever, em 1936, o romance Olha para o céu, Frederico!, publicado em 1939, pela Vecchi, na coleção “Novos Autores Brasileiros”. Concluiu seus preparatórios no Liceu de Humanidades de Campos e veio conquistar o diploma de bacharel em Direito, em 1937, pela Faculdade em Direito do Rio de Janeiro.
Passou a morar no Rio, em Santa Teresa, entrando para a redação de A Noite, um jornal de quatro edições diárias. Como funcionário público, conseguiu um cargo de redator no Departamento Nacional do Café, mas ali ficou por pouco tempo. Em 1942, Amaral Peixoto, então interventor no Estado do Rio, convidou-o para trabalhar em Niterói, onde vai dirigir O Estado, um dos grandes diários fluminenses, e onde passa a residir. Com o desaparecimento de A Noite, em 1957, vai chefiar o copidesque de O Cruzeiro e dirigir, substituindo Odylo Costa, filho, a edição internacional dessa importante revista.
Somente 25 anos depois de ter publicado o primeiro romance, José Cândido publica, em 1964, pela Empresa Editora de “O Cruzeiro”, o romance O coronel e o lobisomem, uma das obras-primas da ficção brasileira, que teve imediatamente grande sucesso. A segunda edição saiu também pela empresa de “O Cruzeiro”. A partir de 1970, a Editora José Olympio passou a reeditar o romance, que em 1996 atingiu a 41ª edição. Não demorou a ser publicado também em Portugal e ser traduzido para o francês e o espanhol. Obteve o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira, e o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Clube do Brasil.
Em 1970, José Cândido de Carvalho foi diretor da Rádio Roquette-Pinto, onde se manteve até 1974, quando assumiu a direção do Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC. Em 1975, foi eleito presidente do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. De 1976 a 1981, foi presidente da Fundação Nacional de Arte (Funarte), cargo para o qual foi convidado por uma de suas maiores admirações políticas, o ministro Nei Braga. De 1982 a 1983 foi presidente do Instituto Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (Rioarte). Estava escrevendo um novo romance, O rei Baltazar, que ficou inacabado.
Além do grande romance que o inscreveu na literatura brasileira como um autor singular, José Cândido publicou dois livros de“Contados, astuciados, sucedidos e acontecidos do povinho do Brasil” e reuniu, em Ninguém mata o arco-íris, uma série de retratos jornalísticos. Sua obra de ficcionista é das mais originais, graças à linguagem pitoresca e aos personagens ora picarescos, ora populares, extraídos do “povinho do Brasil”.
Obras: Olha para o céu, Frederico!, romance (1939);O coronel e o lobisomem, romance (1964); Porque Lulu Bergantim não atravessou o RubiconContados, astuciados… (1971); Um ninho de mafagafos cheio de mafagafinhosContados, astuciados... (1972); Ninguém mata o arco-íris, crônicas (1972); Manequinho e o anjo de procissão, contos (1974).

DADOS TÉCNICOS:

Título: Medalha Escritor José Cândido de Carvalho

Projeto: Projeto Legislativo nº 209 de 1989

Autoria: Vereador Elmo Jasbick

Criação: nº 1909/1990 (Publicada em 07 de julho de 1990)

Data oficial da entrega: dia 1 de agosto